sábado, 31 de agosto de 2013

Expressão do impulso

As coisas se acomodam, tudo vai para o lugar do conforto.
Dos esforços empenhados em todas as áreas, proporcionado do trabalho, o descanso.
Vivencia-se da música, a apreciação e o incentivo por ela disposto, ativo ou passivo, o corpo ou a mente querem entender a frequência cardíaca.
A música no seu jogo de contrastes, nuances e emaranhamento determina o estado desconhecido.
O grave é acolhido no peito , atravessa-nos intensamente e na densidade de seu tom emitido, a insuficiência de comportar em si , escapa uma frequencia. Ao outro deixa-se o instante presente em vibração.
O agudo vem por cima, está na cúpula e indica uma hipótese enigmática externa a sua emissão, se descola e vira pensamento pontiagudo; quer buscar fora da música seu lugar.
O extremo é a habitação do agudo, raio, descarga elétrica na coluna vertebral em ascenção para topo da cabeça faz que fio invisível percorra ao infinito.
Na admissão do agudo em percepção, o teor do acorde ganha um formato abstrato de questionamento, questão inconclusa.
O agudo é enfático na sua expressão sonora. Nem feminino, nem masculino, talvez os dois ou nenhum.
Uma afirmação projetada ao ouvidos, incognoscível, faz uma recepção inquietante .
Escapa também ou somente escapa.
O grave é captado das penas e aflições e dá um lugar confortável, o agudo não, é uma flecha certeira que corta o ar mas não tem alvo.
Se traduz em elaboração mental, na busca para compreender o destino do agudo.
Uma disposição histérica, dos nervos provocados.
O encarceramento mental em captar da trajetoria do agudo, que não conforma, que está fora para dentro do pensamento e a livre presença que foi emitida, o som, questionando seu lugar.
Distinta aparição.
Na execução do som o grau último: não arreda o pé da festa, gasta o sapato e a pista, dança num jogo de pergunta e resposta, dialóga, roda, interação.
Permite o devasso e se estende aos outros ou com amarras, uma loucura ensimesmada, abstrai o ambiente e se concentra em uma viagem consigo próprio.
Musica incita desafio, de muitos estilos, quem escolheu o que te agrada?
Da multiplicidade de estilos uma variedade de estados.
Cada música uma mensagem e o correspondente contágio.
Unificar o sentido à compreensão é uma loucura sadia.
Alguns casos, a contemplação da complexidade da obra, o arranjo, outros, atenção na letra e aquelas que dançamos juntos e separados.
Musica para dança é a extravagância que se manifesta e espera um acontecimento insólito de um sujeito afetado na pista.