terça-feira, 26 de abril de 2016

debajo de suêno, sueño sin sentido



Ele - E se eles não tivessem esse sonho?
Ela - ...(sonho)
Ele – O opressor cala quando o oprimido fala.
Ela (calada)
Ele - A potência de vida permite paixões.
Ela - Ah

Elas cinco não sabem tocar violão.
Marcam ritmo e urram com todo fôlego, em cadência uma a uma, cada uma se esvazia num contágio em dissonantes estridentes, vozes glissadas, boca chiusa, staccato.

A vida é essa manifestação, de filosofia judaico-cristã a alteridade de planos: entre Deus e a Vida, na vontade, na Voz.

Meu Deus, ele quer me cantar uma música-filosofia: do Nada, do Motivo, da Liberdade.

Sim, Liberdade. Elas tinham o violão e batucavam em seus corpos.

Ele - Porque preencher o Vazio?
Ela- Se o pulmão esvazia, preencho de ar.
Ele – Materialismo, materialismo.
Ela- Se há colunas, há vazio na arquitetura. Se há vaga, estaciona: Ser e o Nada.
Ele – Você é prática...
Ela - Liberdade, liberalismo. Invisível crédito...

Pela luta, Liberdade, por mim, Liberdade, pela prisão, Liberdade, pela conquista, Liberdade.

Ela – E se eles não tivessem esse sonho...

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