Me leva para praia, para o campo.
Assento de couro, música alta, vento
no rosto.
Lagoas paradas de superfície calma e
profundidade turbulenta.
A cada km corrido vou me ajustando a
você.
Fora dos limites de São Paulo, a
fantasia de roça, de praia com coquetel, biquini e piscina.
Descobrir o que te apraz é meu
alimento, aprendo teu alimento, nos alimentamos das diferenças.
No frio seu agasalho nas quinas das
minhas tangentes, me fazem rondar em volta de sua proteção.
Da fragilidade da inocência, do
sucesso do interesse, da união de princípio de história.
Na cama na primeira vez, foi do jeito
que a moça deve ser, na segunda, terceira...foi martelando a posse,
a perda, a falta, o gasto.
Da importância das histórias, a fim
de fazer a história, tantas histórias no teatro.
Muito bom, muito ruim meu conhecimento
perdia para uma carne e voz, a qualidade de acordo com nossos vinhos
depurados no paladar.
O cinema era em dia, o europeu, o
argentino em todas as tramas uma pulga atrás da orelha, mas as
músicas eram nossas sem fantasia.
A vida junto caiu na realidade da
labuta, música enlatada, teatro para o novo, cinema para colar.
Toda cultura da nossa novela, repete o
episódio da vida breve e só uma, com personagens novos.
Musas da plateia, atrizes sendo pessoa comum, o espetáculo é nosso fim.
Vem, vem. Isso, mostra, expõe.
Devagar ou rápido?
Vai no seu tempo, do jeito que você
gostar.
Ah que bonito, que delícia. Mas é
isso e só.
Quero-quero. Raiva de um, de todos,
geral.
As causas todas são minhas, suas são
todas minhas, nada meu, nada seu.
Volta aos clássicos, aos lentos, aos
tristes, aos documentários.
À catarse, a emoção, à lágrima.
Do incompreensível ao indelével.
Irã.
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