terça-feira, 30 de agosto de 2016

Hora marcada para tatuar hena


Tem em minhas mãos noturnas a linha da vida que encontra dedo médio, prospera a imagem da hena por toda a extensão de alcance, antenas com tempo marcado. 
Sarah, garota de pele branca, nariz avantajado e cabelos caídos por sobre os ombros como um manto de introspecção, reflete a culpa expiada das estrelas.
Pontos celestes sob aflições.
De brilho vívido, experiência decadente, alavancadas genéricas, porção legal, dose ilícita, marca feita procura encontro sob medida.
Unhas mordiscadas no canto de boca solta veneno doce, um segredo de limar relevos ásperos, provoca brilho.
Na disciplina de forjar por um lugar, assento provisório guarda prazer de homem que tem fantasia.
Corrói minha alma mesquinha da gentileza volátil.
Pensamento,  feituras. Teço exteriores no corriqueiro mulher.
Teias extensas movem a luz da presa, instala aranha de patas negras e finas em pesar obscuro da vontade, no verso, na prosa, no traço, no ponto.  
Enrosco e procuro vítima, desenho escarlate, A, feminino. 
Enquanto indivisível,  crível rímel, lavar e secar.
Seu é estilhaço do todo, enfeite úmido, escolha, destino de corda.  
Parte o bolo em fatia, e mais uma fatia, e mais uma fatia. 
De espera, de confeito, de desobediência do calar, do imediatismo do sentir. 
De tanto querer o que não lhe consome, de consumir o consumível, de sumir com o consumido, do consumido sumir, o consumado dar notícia para o próprio estado de sumiço, somar ao só. 
O sal e o açúcar. O saleiro e a diabetes, a tireóide e a festa. A dieta do olho gordo.
Na estática do cabelo em pé, do inseto que vem em meu nariz, do reflexo para retirar com olhar ágil, faz tufão com mão e quer adentrar ao perigo, mais adentro que a passagem para o calabouço, prisão escura, grades de ferro, caldeirão de vidas olhos negros não querem liberdade. 
Quer lanças, espadas, machados, estrelas ninja e acertar um cenho. 
Um olhar cristalino, puro, aquele que navega em azul, inocente, minha ondulação aquáticá, gentil quadro de minha tangente.
O sangue não escorre, somente procura o defunto da idéia. 
Mira livros, análises, posicionamentos,  Sempre independentes.
Comete a alegria do para sempre, vivendo os laços de cetim, frous frous e catedrais de lã. 
Laça forte o cadarço e velcro e pisa brava na brisa.

Perna reage em estalo do músculo, um salto muscular, Rejuvenesce na caminhada.  

O lance é que com a cabeça no lugar procura a ignorância que habita por completo na meditação de sentidos. 

Sendo quer ser mais, assim esquece o que sente. E muito assaz procura o todo para contar ou inventar. 
Quer inteiro, conferir por seus saltos as dores de cotovelo, confeitar doces, fatiar bolos.

Mãos noturnas, pulseira, dedo médio, linha da vida.

Em oração, bolinha por bolinha, deseja a vontade, vontade de matar. 
Quer dedicar um mausoléu, docemente assassina. 
Baía de aflições, ilha de alegria. 

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